sábado, 20 de setembro de 2014

Duas Oliveiras e Dois Castiçais


Duas Oliveiras e Dois Castiçais
VERSO 4 - Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus de toda a Terra

Deus identificou com clareza, neste versículo, quem seriam Suas Duas Testemunhas: as duas lâmpadas, ou castiçais, ou Candeias, que forneciam luz nos tempos antigos, quando não existia a energia elétrica ou outros sistemas de iluminação, são o símbolo adequado para as Sagradas Escrituras, divididas em Dois Testamentos. O combustível usado nessas lâmpadas era o óleo de oliva, abundante no Oriente Médio.

A Bíblia (os Dois Testamentos) é identificada nas Escrituras como lâmpada, castiçal ou candeeiro: Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para o meu caminho (Salmo 119:105).

É através do estudo das Escrituras que se adquire a fé, como está escrito: De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus (Romanos 10:17). A fé em Cristo é que produz a operação do Espírito Santo no caráter daquele que crê. Assim, as Escrituras são como as oliveiras que produzem o azeite (ou o óleo), que simboliza o Espírito Santo.

Em todas as Escrituras o óleo ou azeite é símbolo do Espírito Santo. As oliveiras são árvores que produzem azeitonas e estas, por sua vez, produzem o azeite (ou óleo).

Torna-se, portanto, de uma clareza irretorquível o ser a Palavra de Deus, ou a Bíblia Sagrada, as Testemunhas mencionadas na profecia. Para consagrar esta afirmação o profeta Zacarias testemunha: E por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda . Falei mais e disse-lhe: Que são as duas oliveiras à direita do castiçal e à sua esquerda? E, falando-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois raminhos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si ouro? (ou azeite dourado, conforme Sociedade Bíblica Católica) (Zacarias 4:3, 11-12).

Quando perguntou o que significavam as duas oliveiras, o profeta recebeu a resposta conclusiva: A Palavra do Senhor (Zacarias 4:6). A Palavra do Senhor é a Bíblia Sagrada. Naquele tempo havia apenas uma Testemunha, ou seja, a Antiga Testemunha ou Velho Testamento. A outra Testemunha, a segunda, não havia ainda nascido, mas a profecia já a estava indicando e para ela apontando, no futuro.

Na parábola das dez virgens, relatada no capítulo 25 do Evangelho de S. Mateus, é mencionado o fato de que todas elas tinham suas lâmpadas, ou seja, as Escrituras; porém cinco delas não possuíam óleo ou azeite suficiente nas mesmas lâmpadas, para entrar na festa das bodas.

A fé e o amor são representados nas Sagradas Escrituras pelo ouro provado no fogo e se referem à maior riqueza que, aos olhos dos céus, pode ser conferida à natureza humana caída e regenerada pela graça salvadora de Jesus Cristo (Apocalipse 3:18 e I Pedro 1:7). É somente pelo estudo diligente das Escrituras que obtemos a fé em Cristo, através da qual recebemos, também, o amor. Naturalmente, então, como conseqüência disso, surgem as boas obras do cristão, em que Deus é glorificado, como está escrito, através das palavras de Jesus: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus (S. Mateus 5:16).

A fé é o canal que liga o homem a Cristo e Sua graça, através do Espírito Santo. Os dois tubos de ouro mencionados pelo profeta são os canais através de que podemos alcançar o conhecimento, ou seja, as Escrituras de cujo exame e estudo brota a fé.

A Bíblia é a Palavra de Deus escrita, mas a verdadeira Palavra de Deus é Cristo, como está escrito: No princípio era o Verbo (ou a Palavra) e o Verbo estava com Deus, e o verbo era Deus (S.João 1:1). Ao buscarmos a palavra de Deus escrita, encontraremos a Palavra de Deus real, Jesus Cristo, o Salvador.

Os dois tubos de ouro em estudo vertiam ouro ou, conforme muitas traduções, azeite dourado, que é o Espírito Santo e Seus frutos: Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gálatas 5:22).

O anjo explicou a Zacarias que aquelas duas oliveiras eram os dois filhos do óleo (ou azeite) (Zacarias 4:1). As Escrituras são, na verdade, filhas do Espírito Santo (óleo ou azeite), pois foi pela vontade de Deus e inspiração do Espírito Santo que elas vieram a nós, pois que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (II Pedro 1:20-21).

Finalizando o estudo do verso 4, vamos compará-lo à outra Testemunha, a primeira:

APOCALIPSE 11:4 Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus de toda a Terra .

ZACARIAS 4:14 Estes são os dois filhos do óleo, que estão diante do Senhor de toda a Terra .

O Tremendo Poder das Duas Testemunhas

06:46 | Postado por Lindolfo Dias | 
VERSOS 5 e 6 - E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá de Sua boca e devorará os Seus inimigos; e se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem .
Nestes versículos Deus nos mostra que Sua palavra na boca de Seus servos tem grande poder para tudo, como teve poder na boca de Moisés, nas pragas do Egito e na boca de Elias, fazendo descer fogo do céu várias vezes e fazendo parar de chover e, ainda, posteriormente, fazendo com que a chuva voltasse a cair.
Quem teve este poder foi a Palavra de Deus na boca de Seus servos e não os próprios servos. Se estivessem desprovidos da Palavra de Deus Cristo nada teriam podido fazer.

A França Atenta Contra as Sagradas Escrituras

06:45 | Postado por Lindolfo Dias | 
VERSO 7 - E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará .
Qualquer poder despótico, tirano ou ditatorial é representada o na Bíblia por um animal feroz, irracional, que é chamado besta , fera ou besta fera , conforme a tradução. No verso considerado, a besta mencionada é a Revolução Francesa. Foi esta besta que feriu de morte uma das cabeças da besta romana, que no caso era o papado, a sétima forma de governo de Roma. Sobre este assunto trataremos no 7° capítulo deste trabalho, já referido, intitulado A História de Roma e o Anticristo
A besta que feriu de morte a sétima cabeça de Roma, o papado, conforme referido em Apocalipse 13:3 e matou as Duas Testemunhas Apocalipse 11:7 foi a Revolução Francesa que tentou implantar o ateísmo por lei, proibindo as Escrituras e perseguindo-as de forma terrível e implacável.
Esta besta (poder despótico- Poder que, exercido de maneira isolada, arbitrária e absoluta), saiu do abismo, porque abismo (do grego abissus) é o mesmo que confusão, e a Revolução Francesa saiu de uma verdadeira confusão ideológica depois da tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789.

A Cidade Onde a França Matou as Duas Testemunhas

06:44 | Postado por Lindolfo Dias | 
VERSOS 8-10 - E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado, e homens de vários povos e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos sejam postos em sepulcros, e os que habitam na Terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a Terra .
A praça da grande cidade onde as Duas Testemunhas permaneceram insepultas era a cidade de Paris, sede e capital da Revolução Francesa. Ela se chamava, espiritualmente, Sodoma e Egito porque os seus pecados principais que escandalizaram o mundo e marcaram uma época, foram o adultério desenfreado e a liberação e libertinagem sensuais que eram a principal característica de SODOMA e o ateísmo declarado que teve no antigo EGITO o seu maior expoente de todas as épocas.
Em Paris, nesse tempo, o casamento era jocosamente chamado de o sacramento do adultério .
Exemplo claro do ateísmo como característica do Egito foi a resposta de Faraó a Moisés, desconhecendo ao Deus Todo Poderoso e menosprezando o Seu mandado (Êxodo 5:1-2). O Egito foi a nação mais apegada ao ateísmo, em todos os tempos e especialmente nos dias de Moisés, condição comprovada pela História Universal.
Onde o seu Senhor também foi crucificado faz alusão ao grande massacre dos crentes Huguenotes na fatídica e vergonhosa noite de São Bartolomeu, em Paris, quando, em 24 de agosto de 1.572, dezenas de milhares de inocentes cristãos foram assassinados pelos esbirros do clero romano, acusados como hereges por contestar a autoridade do bispo de Roma. Quando um cristão sofre o martírio e entrega sua vida por amor a Jesus, é como se Ele próprio estivesse sendo morto, pois foi por Seus filhos que Ele deu Sua vida.
Porém, note-se mais como Jesus foi representado sendo crucificado em Paris: O mesmo espírito sobrenatural que instigou o massacre de São Bartolomeu dirigiu, também, as cenas da Revolução. Foi declarado ser Jesus um impostor e o grito de mofa dos incrédulos franceses era: ‘Esmagai o Miserável’, referindo-se a Cristo (MELLO, A. S., A Verdade Sobre as Profecias do Apocalipse, p. 282).
Literalmente, é notório que Jesus não foi crucificado em Paris, mas quando os Seus seguidores são vituperados, maltratados e mortos, Ele toma tudo isto como sendo feito a Si próprio. Jesus mesmo dissera: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes (S. Mateus 25:40).
As Escrituras estiveram mortas temporariamente na França, substituídas pela Deusa da Razão , fato que alegrou os homens maus de todo o mundo, por fazê-los sentirem-se livres para pecar. Julgaram que as Escrituras eram falsas e Deus e o juízo não existiam. Acreditavam que o Cristianismo fosse apenas o falso sistema opressor e corrupto de Roma, desconhecendo o poder transformador da verdadeira religião, encontrada na pureza das Sagradas Escrituras. Julgaram que Deus tinha sido inventado para ser motivo de exploração por parte das autoridades religiosas. Quando se viram livres desse temor, alegraram-se por toda parte.
Muitos fiéis, entretanto, no mundo inteiro e mesmo na França ainda amavam as Sagradas Escrituras (as Duas Testemunhas) e não permitiram que elas fossem sepultadas no esquecimento, embora estivessem mortas temporariamente, por decreto do governo francês revolucionário.
A Assembléia Francesa decretou a destituição das Escrituras e sua fé, no dia 28 de novembro de 1.793. Nessa data as Duas Testemunhas foram mortas, simbólica e oficialmente, pelo decreto referido.

A Ressurreição dos Dois Profetas

06:44 | Postado por Lindolfo Dias | 
VERSO 11 - E depois daqueles três dias e meio o Espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que o viram .
Toda a sociedade foi subvertida pela grande desordem que a destituição da Bíblia provocara. O crime, a prostituição e a mendicância cresceram assombrosamente e a angústia pela falta de Deus dominou o povo. Os homens não tiveram outra alternativa que não reabilitar as Escrituras. E no dia 17 de junho de 1.797, três anos e meio, arredondados, depois da sua morte, foram as Duas Testemunhas ressuscitadas pela mesma Assembléia Francesa que havia decretado a sua morte. Tudo isto se acha documentado pelo jornal francês La Gazette Nattionalle , nas edições de 14 de dezembro de 1.795 e 26 de junho de 1.797. Cumpriu-se, portanto, matematicamente, esta maravilhosa profecia.
Pelo princípio dia-ano de interpretação de períodos proféticos, anteriormente mencionado, os três dias e meio referidos no verso 11 foram cumpridos literalmente pelo espaço de três anos e meio em que as Escrituras estiveram proscritas pela Revolução Francesa.
Quando as Escrituras foram reabilitadas ou ressuscitadas (puseram-se sobre seus pés), caiu grande temor sobre os incrédulos não só da França, mas em todo o mundo.
Depois da reabilitação das Escrituras na França, iniciou-se o grande triunfo da Bíblia com a formação dos grandes movimentos em prol da divulgação da Palavra de Deus, sendo constituídas as grandes Sociedades Bíblicas em todo o mundo. Depois dessa época as Escrituras subiram até aos Céus e hoje somente quem não quer é que não possui as Duas Testemunhas. Esta ascensão somente se verificou depois que o Espírito de Vida vindo de Deus, ou o Espírito Santo, atuou nos corações dos homens. Então, as Escrituras cresceram até ao Céu.
Os seus maiores inimigos não mais conseguindo escondê-las do povo procuram hoje, sutilmente, esconder as suas límpidas verdades. Até mesmo recomendam a sua leitura, conforme sugere a igreja de Roma, através do Concílio Vaticano II. No entanto, aos seus seguidores só é permitida a leitura das Escrituras em versões cuidadosamente preparadas e devidamente interpretadas e comentadas. Não é permitido que alguém busque, por si, a inspiração que o Santo Livro oferece. As consciências ainda são constrangidas e se não constar no início da Bíblia o imprimatur, o nihil obstat ou a autorização das autoridades eclesiásticas, é proibida a sua leitura aos membros leigos da Igreja.

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