Satanás aparece 59 vezes (23 no AT
e 36 no NT) e demônio 37 vezes (no Novo Testamento). A palavra
“satanás” é de origem hebraica, enquanto que "diàbolos"
(diabo/demônio) é grega. Esse segundo termo foi usado pelos tradutores
gregos da Bíblia (LXX) para traduzir nessa língua a palavra hebraica
"Satanás".
’Satanás’ significa ‘adversário’,
‘acusador’ e indica um tipo de ministério público que no livro de Jó é descrito
como presente na corte celeste e tem a função de denunciar os pecados das
pessoas. ‘Diabo’, invés, significa, em grego, ‘aquele que divide’ e o termo tem
somente uma sentido negativo: é aquele que tenta, que procura com todos os
meios de separar o homem de Deus. Este aspecto predominerá na concepção bíblica
e Satanás se torna a presença obscura na história, que tenta fazer com que a
balança da liberdade humana pese mais na direção do mal, em oposição à graça
divina que faz com que ela pese para o lado do bem.
Cristo fala diretamente com o demônio,
como se fala com um interlocutor pessoal. Os diálogos de Jesus com ele
representam um tipo de batalha contra o mal. O ‘adversário’, de fato, espalha o
joio da corrupção; tem seguidores entre os quais podem aparecer até mesmo os
discípulos de Jesus. É famoso o caso quando Jesus reage contra Pedro
definindo-o um ‘satanás’ por que ‘não pensa conforme Deus, mas segundo os
homens’ rejeitando o caminho da cruz (Mateus 16,23).
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