A Superioridade da Nova Aliança
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O Antigo Testamento Não Governa o Nosso Serviço Hoje
O Antigo Testamento, que é aproximadamente 75% da nossa Bíblia,
inclui muitas informações importantes. Ele nos oferece o conforto de saber da
fidelidade de Deus em cumprir as suas promessas (Romanos 15:4). O Velho
Testamento nos instrui, também, por meio de exemplos negativos (1 Coríntios
10:5-11) e positivos (Tiago 5:16-18; Hebreus 11). Ele revela aspectos
importantes do caráter de Deus e da vontade geral dele para com os homens.
Mas, quando se trata da legislação de Deus para nos guiar no nosso
serviço ao Senhor hoje, devemos buscar estas orientações no Novo Testamento, a
aliança revelada por Jesus Cristo para governar todos os homens. Para saber
como adorar a Deus, como receber a salvação e como a igreja deve agir,
precisamos do Novo Testamento. O Antigo Testamento não governa o nosso serviço
a Deus nos dias atuais.
Vamos considerar o ensinamento bíblico sobre as duas alianças e,
depois, alguns assuntos específicos de contraste entre elas.
O Antigo Testamento Não Nos Governa Hoje
Deus apareceu no monte Sinai e revelou uma lei de grande
importância. Ele falou por meio de Moisés sobre diversos aspectos da conduta do
povo de Israel. Aquela lei foi dada especificamente ao povo de Israel, e nunca
foi dada como uma lei geral para governar os gentios (as outras nações). Deus
disse: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança,
então, sereis a minha
propriedade peculiar dentre todos os povos; porque a terra é minha; vós me
sereis reino de sacerdotes e nação
santa. São estas as
palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19:5-6). A maioria das pessoas
hoje é descendente de outros povos, e não descendentes físicos de Israel. A lei
dada no Sinai não foi dada a nós (gentios).
Mesmo para os judeus, a lei foi cumprida e não está mais em vigor.
Paulo disse que a lei servia como aio ou tutor, com uma função temporária: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de
que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao
aio” (Gálatas 3:24-25).
O livro de Hebreus mostra que Jesus é o Mediador de
uma Nova Aliança, superior ao Antigo Testamento (Hebreus 8:6-9; 10:9b-10).
Paulo, sendo judeu, disse: “Agora,
porém, libertados da
lei, estamos mortos para aquilo a
que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Romanos 7:6). O contexto de
Romanos 7 esclarece outro fato. Alguns ensinam hoje uma distinção artificial
entre a lei moral e a lei cerimonial. Dizem que a lei moral inclui os dez
mandamentos e permanece em vigor, enquanto algumas ordenanças cerimoniais da
lei não se aplicam mais. Mas Paulo claramente se referiu a lei toda, incluindo
nos seus comentários os dez mandamentos. O exemplo que ele cita quando fala da
lei é um dos dez mandamentos: “Não
cobiçarás” (Romanos 7:7;
cf. Êxodo 20:17). Não vivemos hoje subordinados à lei do Antigo Testamento –
nem às ordenanças sobre sacrifícios, nem aos dez mandamentos.
Isto significa que é permitido matar, adulterar, cobiçar, mentir,
etc.? Não! A Nova Aliança claramente proíbe tais comportamentos, e devemos ser
obedientes ao evangelho de Jesus Cristo. Podemos ilustrar este ponto pensando
nas várias constituições do Brasil. Era crime matar antes de 1988, e continua
sendo crime matar hoje. Mas, se alguém matar hoje, será julgado pela
constituição atual, não pelas anteriores. Da mesma forma, quem mata ou adultera
hoje será condenado pela palavra de Cristo na Nova Aliança (João 12:48), e não
pelas palavras reveladas a Moisés no monte Sinai.
Diferenças: O Sábado
Deus ordenou que os israelitas guardassem o sábado (Êxodo
20:8-11). Ele falou claramente que foi uma aliança especial com o povo de
Israel: “Tu, pois, falarás
aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois
é sinal entre mim e vós nas vossas gerações.... Portanto, guardareis o sábado,
porque é santo para vós outros.... Pelo que os filhos de Israel guardarão o
sábado.... Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre....” (Êxodo 31:13-17). Deus não deu
esta ordem aos gentios em outras terras, e não a repetiu como parte da Nova
Aliança. Pelo contrário, Paulo disse: “Ninguém,
pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou
sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o
corpo é de Cristo”(Colossenses 2:16-17). Quando chegamos à luz de
Cristo, deixamos a sombra para trás!
Diferenças: A Adoração
Quando comparamos o Antigo e o Novo Testamentos, observamos muitas diferenças
em relação à adoração. Devemos lembrar que a adoração é dada pelo homem a Deus,
e deve ser feita para agradar ao Senhor. A adoração não é para agradar a nós.
Neste ponto, muitas igrejas erram, fazendo seus cultos de adoração para
emocionar e agradar às pessoas. Devemos estudar as Escrituras para saber o que
Deus pediu na adoração, assim lhe oferecendo a devida honra e glória.
Sacrifícios de animais faziam parte do Antigo Testamento, mas não
pertencem ao serviço dos cristãos hoje. O Novo Testamento mostra que estes
sacrifícios eram ineficazes (Hebreus 10:4) e que foram oferecidos segundo a lei
dada aos israelitas (Hebreus 10:8). É o sacrifício de Jesus, e não o sangue de
animais, que nos purifica do pecado (Hebreus 10:11-12).
Incenso foi oferecido no Antigo Testamento (Êxodo 30:1,37), mas
não faz parte do louvor dos cristãos no Novo. Podemos usar este fato para
observar um princípio importante sobre como usar as Escrituras. Para saber o
que Deus quer, precisamos da permissão (autorização) dele. Não precisamos de
uma proibição específica para saber que determinada prática não faz parte do
nosso serviço ao Senhor. Deus é o chefe da casa (1 Timóteo 3:15) e ele tem
direito de determinar o que pode ser feito na casa dele (a igreja). Não devemos
ultrapassar o que ele revelou (1 Coríntios 4:6). Se agir sem a permissão dele,
estaríamos mudando (removendo) a lei de Cristo (considere as implicações de
Hebreus 7:11-14). Se ultrapassar a doutrina de Cristo, perde a comunhão com
Deus (2 João 9). Obviamente, todos os servos que amam ao Senhor vão procurar
fazer somente o que ele autoriza (Colossenses 3:17). Na Nova Aliança, ele não
autorizou a prática de oferecer incenso na adoração, então não devemos adotar
tal prática.
Instrumentos musicais foram usados no louvor do Antigo Testamento,
mas Deus não deu permissão no Novo Testamento para usá-los na adoração. Este
ponto pode ser difícil para muitas pessoas, porque as tendências da maioria das
igrejas, especialmente nos séculos recentes, tem sido a adoção de instrumentos
musicais como parte fundamental do louvor. Mas os cristãos verdadeiros não se
preocupam em seguir tendências humanas, nem em agradar às multidões; procuram
agradar a Deus. No Novo Testamento, Deus pediu adoração do coração com a voz,
não de instrumentos feitos por mãos humanas (Efésios 5:19; Colossenses 3:16).
Alguns podem até tentar justificar os instrumentos musicais por causa de
citações simbólicas no Apocalipse,
mas este mesmo argumento traria para o nosso louvor o incenso, tronos, coroas,
altares, roupas especiais, etc. O simbolismo do Apocalipse não descreve o louvor da igreja na
terra.
Havia uma classe separada de sacerdotes no Antigo Testamento, mas
não no Novo. Deus deu aos levitas as suas responsabilidades exclusivas,
proibindo que outros servissem no santuário (Números 18:22-23a). Mas no Novo
Testamento, todos os discípulos de Cristo são sacerdotes (1 Pedro 2:5). Não
devemos reverenciar alguns acima de outros, como os judeus faziam (Mateus
23:6-12).
Diferenças: O Dízimo
Os israelitas, no Antigo Testamento, receberam várias instruções
sobre o dízimo. A Lei falava da responsabilidade geral de dar o dízimo
(Levítico 27:30; Deuteronômio 14:22). Deus ordenou que levassem os dízimos ao
lugar por ele escolhido (Deuteronômio 12:6) e ele os deu aos levitas (Números
18:21,24). No final do Antigo Testamento, Deus ainda cobrava os dízimos do povo
(Malaquias 3:10). Enquanto a Lei continuava em vigor, antes de sua morte, Jesus
falou que as pessoas deviam continuar sendo fiéis nos dízimos (Mateus 23:23).
Mas na Nova Aliança, que entrou em vigor após a morte do Testador
(Hebreus 9:15-16), o princípio das ofertas é diferente. Cristãos devem dar com
alegria e liberalidade, conforme a sua prosperidade (1 Coríntios 16:1-2; 2
Coríntios 9:6-7,12-13). O princípio atrás das ofertas hoje não é a cobrança de
uma porcentagem específica (dízimo significa 10%), mas a decisão de se entregar
a Cristo (2 Coríntios 8:3-5).
Hoje, muitas igrejas pregam a obrigação do dízimo, mas o Novo
Testamento claramente diz que a cobrança do dízimo era mandamento da Lei: “Ora, os que dentre os filhos de
Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo” (Hebreus 7:5). Não temos mais
o sacerdócio levítico e não vivemos subordinados à Lei do Antigo Testamento.
Por isso, não devemos pregar a obrigação de dar o dízimo.
Conclusão
Aqueles que querem servir a Cristo precisam resistir às tendências
de voltar ao Antigo Testamento como a base do nosso serviço hoje. “Mas, tendo vindo a fé, já não
permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a
fé em Cristo Jesus” (Gálatas
3:25-26). “De Cristo vos
desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes” (Gálatas 5:4). Vamos andar no
Espírito, conforme a revelação da Nova Aliança!
– por Dennis Allan
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