Desaparecimento:
A Arca
permaneceu como um dos elementos centrais do culto a Deus praticado pelos
israelitas durante todo o período monárquico, embora poucas referências sejam
feitas a ela entre os livros de Reis e Crônicas.
Em 586 a.C
(Segunda invasão a Judá) (ou 609 a.C [Primeira invasão a Judá], segundo alguns
estudiosos), Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu o reino de Judá e tomou a
cidade de Jerusalém. O relato bíblico menciona um grande incêndio que teria
destruído todo o templo. A Arca desaparece completamente da narrativa a partir
desse ponto, e o próprio relato é vago quanto ao seu destino.
Para os
católicos e judeus da diáspora, que se utilizam da Septuaginta, Escrituras
Sagradas na versão grega dos LXX, o desaparecimento da Arca é narrado no livro
de II Macabeus, não aceito pelos protestantes e por grande parte dos judeus que
só aceitavam as escrituras em hebraico. Nessa situação o profeta Jeremias
haveria mandado que levassem a Arca até o monte Nebo para ali a esconder em uma
caverna (II MAC Cap. 2).
" O
escrito mencionava também como o profeta, pela fé da revelação, havia desejado
fazer-se acompanhar pela arca e pelo tabernáculo, quando subisse a montanha que
subiu Moisés para contemplar a herança de Deus. No momento em que chegou,
descobriu uma vasta caverna, na qual mandou depositar a arca, o tabernáculo e o
altar dos perfumes; em seguida, tapou a entrada. Alguns daqueles que o haviam
acompanhado voltaram para marcar o caminho com sinais, mas não puderam achá-lo.
Quando Jeremias soube, repreendeu-os e disse-lhes que esse lugar ficaria
desconhecido, até que Deus reunisse seu povo e usasse com ele de misericórdia.
Então revelará o Senhor o que ele encerra e aparecerá a glória do Senhor como
uma densa nuvem, semelhante à que apareceu sobre Moisés e quando Salomão rezou
para que o templo recebesse uma consagração magnífica." (II Mac, 2, 4-7,
Bíblia Ave-Maria).
Em uma das
visões de João, ele relata ter visto a Arca do Conserto ou da Aliança no templo
de Deus no céu. Sendo a arca de grande importância e detentora de objetos
preciosos, Deus haveria levado a arca para um lugar onde nenhum ser humano
tivesse acesso para destruí-la. O relato de João está em Apocalipse 11:19
"E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no
seu templo..."
A busca pela
Arca[editar:
Não há
certezas acerca de sua existência ou destruição. É possível que, antes de atear
fogo ao Templo, os soldados de Nabucodonosor tenham tomado todos os objectos de
valor (incluindo a arca coberta de ouro) e a levado como prémio pela conquista.
Uma vez em
posse dos babilônicos, ela pode ter sido destruída para se obter o ouro, ou
conservada como troféu. Babilônia também foi conquistada posteriormente por
persas, macedônios, partos e outros tantos povos, e seus tesouros (incluindo
possivelmente a Arca) podem ter tido incontáveis destinos.
De qualquer
modo, ela tem sido um dos tesouros arqueológicos mais cobiçados pela
humanidade, e inúmeras expedições à Mesopotâmia e à Palestina foram realizadas,
sem sucesso. Existem hoje em vários museus réplicas da Arca baseadas nas
descrições bíblicas, mas a verdadeira jamais foi encontrada.
O cineasta
George Lucas inspirou-se na busca pela Arca para o roteiro de seu filme Raiders
of the Lost Ark (intitulado Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida, no
Brasil; Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida, em Portugal).
Para a
Igreja Ortodoxa Etíope, a Arca foi levada à Etiópia por Menelik I, filho do Rei
Salomão e Makeda, a Rainha de Sabá. A Arca estaria guardada numa capela da
Igreja de Santa Maria de Sião da cidade de Aksum, no norte da Etiópia, onde um
único sacerdote pode vê-la. A narrativa dessa tradição etíope encontra-se no
Kebra Negast, o Livro da Glória dos Reis da Etiópia.
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