Em uma pequena
aldeia no interior de um grande e populoso país, vivia um mestre diferente
dos demais mestres. Esse mestre mantinha uma pequena escola onde ensinava uma
das suas especialidades, a paciência. Ele era conhecido em todo país como o
Mestre da Paciência. A fama desse mestre era que ele conseguia derrotar
qualquer adversário usando a paciência. E isso trazia muita curiosidade nas
pessoas, por isso, suas aulas estavam sempre cheias.
Um dia um grupo
de homens maldosos resolveu que iria desmascarar esse mestre e tramou uma
armadilha contra ele. Escolheram dentre eles o mais maldoso, que foi
incumbido de ir até o mestre e destruir a sua fama de mestre da paciência,
usando todos os recursos que fossem necessários.
Numa das tardes
em que o mestre da paciência estava ensinando uma de suas turmas de alunos,
chegou até a porta esse homem gritando e dizendo toda sorte de palavras de
baixo calão, com a intenção clara de desafiar o mestre.
O mestre
levantou-se calmamente, como de costume, e foi em direção aquele homem. Todos
se levantaram para acompanhar o que o mestre faria. O mestre chegou perto do
homem e parou. Então o homem começou a insultá-lo gritando muito e com muitas
ofensas. Vendo que o mestre parecia não ser atingido começou a jogar pedras
em sua direção; também cuspia tentando acertá-lo e o ofendia de todas as
formas possíveis.
Várias e várias
horas se passaram, os insultos continuavam, mas o velho mestre permaneceu
inalterado, sem esboçar qualquer reação.
No final da
tarde, o homem que ofendia o mestre, sentindo-se humilhado e bastante
cansado, parou com os insultos e as tentativas de violência e retirou-se
cabisbaixo.
Os alunos do
mestre da paciência, impressionados com tudo aquilo que presenciaram,
chamaram o mestre e lhe perguntaram:
- Mestre, como o
senhor pode agüentar tamanha provocação? Aquele homem te humilhou, te xingou,
feriu a sua dignidade e também agiu com violência contra o senhor!
Então o mestre respondeu
aos seus alunos, após pensar por alguns segundos:
- Alunos, quando
alguém lhe traz um presente, e você não o aceita, esse presente pertence a
quem?
- A pessoa que
mandou entregá-lo, mestre!
- Assim também
acontece com a inveja, com a cobiça, com a raiva, com os insultos e com toda
e qualquer coisa negativa que as pessoas tentem te entregar, seja com
violência ou não. Quando essas coisas não são aceitas, permanecem pertencendo
a quem as carregava consigo. Aquele homem tentou por toda a tarde me entregar
ódio, raiva, ira, insultos e violência, mas eu não os recebi, portanto, ele
teve de os levar de volta!
Então, os alunos
viram na prática mais uma aula do mestre da paciência, que conseguira vencer
mais uma batalha apenas colocando em prática a sua paciência!
“Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração” (Tiago
5:8)
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domingo, 24 de maio de 2015
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