quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

           DEUS CASTIGA OU NÃO CASTIGA?
Hades é a transliteração comum para o português da palavra grega haídes, usada em várias traduções da Bíblia. Talvez signifique "o lugar não visto" ou "o lugar invisível".
Existem conceitos divergentes sobre os procedimentos de Deus em relação ao seu povo. Há quem pense que Deus é só bondade, a ponto de não querer que o seu povo sofra de forma nenhuma. Já falamos algo nesse sentido em outro trabalho por nós codificado. E agora falaremos ainda mais especificamente sobre o assunto.

Qualquer conceito que tivermos deve estar alicerçado nas Sagradas Escrituras, regra de fé para o verdadeiro cristão. Assim, temos várias passagens bíblicas que falam sobre o tema, os quais vamos buscar citar neste artigo a fim de dirimir dúvidas que possam existir com relação a isso.

No livro de Deuteronômio encontramos uma afirmação peremptória(
adj. Que permite; que se consegue colocar fim; que tende a se extinguir) de Deus: "Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver: eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão." Dt. 32:39.

Mas não seria isso apenas para o pecador que não conhece a Deus?

Nas bênçãos e maldições propostas por Deus, e anunciadas por Moisés ao povo de Israel, primeira nação constituída como nação de Deus, encontramos as condições para as bênçãos, bem como as maldições decorrentes da desobediência. E o princípio elementar são os mandamentos e preceitos estabelecidos por Deus e dados por Ele e por Moisés.

Assim, quando o povo de Deus estava sofrendo reveses ao tempo de Daniel, este falou: "Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão; pois nos rebelamos contra ele, e não obedecemos à voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu pela mão de seus servos, os profetas. Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz; por isso a maldição, o juramento que está escrito na lei de Moisés, servo de Deus, se derramou sobre nós; porque pecamos contra ele." Dn. 9:9-11.

Como vimos, o povo de Deus estava sob maldição, e isso devido ter transgredido as leis de Deus. E na lei de maldição dadas por Moisés constam as maldições que adviriam sobre o povo de Deus caso este não obedecesse aos mandamentos e preceitos determinados por Ele. E as maldições são tantas, que diz que os transgressores comeriam a carne de seus próprios filhos, e que negariam dela às suas mulheres e aos seus irmãos. E temos registro nas Escrituras quanto a canibalismo de filhos praticado pelo povo de Deus.

Mas alguém pode pensar que isso foi apenas com relação ao Israel saído do Egito, aquele da Palestina, não para hoje. E que naquele tempo o Deus Pai era quem mandava, e que ele era mais rigoroso. Mas que hoje, na dispensação da graça, é diferente.

Primeiramente queremos afirmar, como já temos feito em outros trabalhos, que quem estava diante do povo de Israel, quando ele demandava para a terra prometida, era o próprio Filho de Deus. Leia o trabalho codificado por nós e intitulado “A deidade de Jesus". Lá você encontrará provas suficientes do que afirmamos. Outrossim, diz a Escritura que em Deus não há mudança nem sombra de variação. Tg. 1:17. Ele não é melhor hoje por assim ter deliberado. A sua inspiração diz que onde abundou o pecado superabundou a graça.
Deus promete bênçãos maravilhosas para o seu povo, com a condição de que ele guarde os mandamentos do Senhor, incluindo o seu sábado. Veja:

"Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura nem estátua, nem poreis figura de pedra na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o Senhor vosso Deus. Guardareis os meus sábados, e reverenciareis o meu santuário; eu sou o Senhor. Se andardes nos meus estatutos e guardardes os meus mandamentos, e os fizerdes, então eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo; e a terra dará a sua novidade, e a árvore do campo dará o seu fruto; e a debulha se vos chegará á vindima, e a vindima se chegará à sementeira; e comereis o vosso pão a fartar, e habitareis seguros na vossa terra." Lv. 26:1-5.
E as promessas de bênçãos se prolongam até o versículo treze.
Mas veja o que fala o Senhor caso o seu povo não cumpra os seus mandamentos:

"Mas, se não ouvirdes, e não fizerdes todos estes mandamentos, e se rejeitardes os meus estatutos, e a vossa alma se enfadar dos meus juízos, não cumprindo todos os meus mandamentos, para invalidar o meu concerto, então eu também vos farei isto: Porei sobre vós terror, a tísica e a febre ardente, que consumam os olhos e atormentem a alma: e semeareis debalde a vossa semente, e os vossos inimigos a comerão. E porei a minha face contra vós, e sereis feridos diante de vossos inimigos; e os que vos aborrecem de vós se assenhorearão, e fugireis, sem ninguém vos perseguir. E, se ainda com estas cousas não me ouvirdes, então eu prosseguirei em castigar-vos sete vezes mais ror causa dos vossos pecados." Lv. 26:14-18.

E os versos seguintes vão enumerando os juízos que Deus trará sobre o seu povo pela desobediência aos seus mandamentos e preceitos. E diz adiante: "E se com isto me não ouvirdes, mais ainda andardes contrariamente comigo, também eu convosco andarei contrariamente em furor; e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados." Lv. 26:27 e 28.

Há quem ensine sobre as bênçãos prometidas por Deus, mas omita as condições impostas por Deus para a obtenção das mesmas ou não enfatize com minúcias as condições impostas por Deus para alcançá-las. Há até quem afirme que foram abolidas, e afirme que eram leis de Moisés, por não discernirem entre uma e outra. Ora, as bênçãos são ou estão condicionadas a obediência aos mandamentos e estatutos de Deus. Mas a transgressão deles resulta em maldição e castigos determinados pelo próprio Deus. E ele afirma: "Eu sou Deus, ontem, hoje e eternamente."

E o Senhor tem um juízo para aquele que diz que ele não castiga, veja:

"E há de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que se espessam como a borra do vinho, que dizem no seu coração: O Senhor não faz um bem nem faz um mal." Sf.1.12.
Muitas passagens existem que comprovam o que aqui expomos. Mas cremos que estas são suficientes para provar o que as Escrituras afirmam: que Deus castiga.



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